Número 7 - Setembro de 2007
O tema do dossier deste número da Aprender Ao Longo da Vida é “Pensar o Consumo”. Um dos maiores especialistas do assunto em Portugal, Mário Beja Santos, ajuda-nos a pensar o consumo. Afinal somos consumidores a vida toda, e por isso temos de ter consciência dos nossos direitos. É preciso compreender as sucessivas etapas da sociedade de consumo e conhecer os direitos do consumidor. Uma reportagem traz-nos a temática do Comércio Justo. Levantamos também as discussões sobre Educação do Consumidor e Educação para o Consumo e ainda a Cidadania na Formação de Adultos.
Neste dossier destacamos os seguintes artigos:
É-se consumidor para toda a vida (texto completo)
Não se pode compreender o consumidor sem primeiramente nos interessarmos pelo indivíduo, pelos seus actos socioculturais e económicos. Ser consumidor é um estatuto: os consumidores não têm existência própria, o que será inútil querer analisar as suas atitudes e comportamentos em matéria de consumo sem observar previamente as transformações desencadeadas nos sistemas de valores, mentalidades, aspirações e opiniões.
Consumo Justo
O consumo não deve limitar-se à satisfação de uma necessidade, mas ser também um acto em prol da justiça social. É este o objectivo do Comércio Justo, um movimento que congrega 1,5 milhões de produtores em países da América Latina, África e Ásia e 2.800 lojas na Europa. Em Portugal, o Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral (CIDAC), a Cores do Globo e a Reviravolta são as organizações que trabalham esta temática.
E ainda os seguintes artigos:
Ser consumidor é uma prática quotidiana - Educação para o consumo: uma reconciliação entre o ser e o ter - Educação do consumidor e cidadania na formação de adultos.
Entrevista com António Nóvoa (excerto da entrevista)
Actual reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa é Professor Catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e tem uma larga experiência internacional, em universidades europeias e americanas. Historiador da Educação, é autor de uma vasta obra nesta área. Nesta entrevista à Aprender ao Longo da Vida, António Nóvoa discute o balanço da experiência do Reconhecimento e Validação de Competências, destaca que houve conquistas muito importantes, e alerta para a necessidade de manter uma vigilância crítica. Além disso, diz, ninguém nos pode impedir de recomeçar, de lançar novas ideias, de construir novas práticas.
(Pode ler a entrevista completa na edição em papel deste número)
Entrevista com Bunker Roy (excerto da entrevista)
Quando, há mais de 30 anos, Sanjit Bunker Roy se confrontou com a fome devastadora que mata milhares de pessoas no Estado indiano de Bihar, encontrou também a sua vocação. Não ficaria na cidade mas sim no campo, com o povo das aldeias. Desde a fundação do Work and Research Centre em 1972, Bunker Roy tem vivido em Tilonia, uma vila num dos estados maiores, mais secos e mais pobres da India, o Rajasthan. Mais conhecido como o Barefoot College 1, o Centro treinou várias gerações de aldeões sem qualificações formais, transformando-os em trabalhadores de saúde, coordenadores solares, mecânicos e professores nas suas comunidades. Bunker Roy tem a convicção de que as soluções para os problemas rurais se encontram na comunidade. Devido aos seus inúmeros esforços, mais de 100 mil pessoas em 110 vilas têm agora o acesso a água potável, instrução, saúde e emprego.
(Pode ler a entrevista completa na edição em papel deste número)
Reportagens
Novas oportunidades com novos caminhos (texto completo)
Após seis anos de experiência a reconhecer, validar e certificar competências aos três níveis do Ensino Básico, os Centros Novas Oportunidades preparam-se para alargar as suas próprias competências para a certificação do 12º Ano. Uma perspectiva que seduz os profissionais envolvidos, tanto quanto lhes provoca alguns receios e apreensões.
Intervenção Comunitária em Bolsas de Pobreza
Reportagem sobre um conjunto de projectos de intervenção comunitária na área da saúde e que visam fundamentalmente a redução das diferenças de oportunidades de saúde, em franjas mais carenciadas da população. Numa perspectiva mais ampla, a finalidade é aumentar a autonomia das populações para a resolução dos seus problemas.
A qualidade do trabalho das equipas envolvidas levou a que o Projecto que tem vindo a ser implementado recebesse, em 1998, o prémio da OMS para projectos na comunidade e, em 2000, o prémio de excelência da União Europeia.
A intervenção comunitária é concebida como um trabalho construído a partir das necessidades, aspirações, problemas, dinamismo e capacidades da população
É proibido comer pipocas
Até ao 25 de Abril, o desafio era cobrar as quotas dos mais de 700 sócios e contornar a PIDE. Hoje, os obstáculos são as 12 salas de cinema concorrentes e uma endémica falta de recursos. Mas os 51 anos de vida do Cineclube de Faro demonstram que o amor ao bom cinema ainda pode dar “finais felizes”.
Artigo
A Formação à Distância sem Distância
A aplicação de estratégias de aproximação pedagógica centrada nos formandos consegue significativos ganhos, sobretudo comparadas com resultados de formandos provenientes de sistemas como o ensino recorrente para adultos, mas não deverão constituir um ponto final na reformulação de metodologias na formação à distância.
E ainda:
Livros
Internet
Notícias